Na tarde do dia 3 de março estudantes realizaram manifestação pela retirada do projeto do Parque Tecnológico da pauta do Conselho Universitário da UFRGS. O ato iniciou com uma aula pública sobre o projeto, na qual estudantes, servidores e professores apresentaram os termos da proposta em tramitação, apresentaram suas dúvidas e manifestaram suas opiniões. Apesar da realização da atividade ainda em período de férias, ela contou com a participação de centenas de estudantes.
Durante a aula pública, os manifestantes receberam a informação que os portões da Universidade estavam sendo trancados. Tratava-se da marcha das mulheres da Via Campesina, que se deslocava do Parque Harmonia para solidarizar-se com os estudantes da UFRGS. Subitamente todos os que se encontravam no campus central viram-se encarcerados pela Reitoria no espaço que supostamente é público. Ninguém entraria, ninguém sairia, até que as mulheres em marcha desistissem da idéia de levar o povo para um espaço público. Houve empurra-empurra e agressões a estudantes por parte da segurança, até que os manifestantes conseguissem garantir a entrada dos movimentos sociais no campus.
Da parte dos manifestantes uma única reivindicação: democracia. A discussão de um tema tão polêmico e de extrema relevância para o futuro da Universidade deveria passar por um amplo debate social. Não foi o que entendeu a Administração Central da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Uma comissão representando as entidades e movimentos sociais presentes no ato foi recebida pelo Reitor Carlos Alexandre Netto e seu vice, Rui Oppermann no saguão do prédio central da UFRGS. Mesmo frente aos apelos dos manifestantes, a Reitoria declarou que não retirará o projeto da pauta do Conselho Universitário, com sessão marcada para a próxima sexta-feira (05/03).
Após o dia agitado e a forte mobilização, os manifestantes saem com uma certeza: a vitória definitiva só será alcançada com muita pressão. Um novo ato está sendo convocado para a próxima sexta-feira, antes da votação do CONSUN, visando sensibilizar os conselheiros pela retirada do projeto da pauta.
Fonte: Grupo de Trabalho Universidade Popular
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