Com quais objetivos o Brasil fez essa proposta à Venezuela?
Para atender quais interesses?
Internos ou externos?
De quem?
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"A SOBERANIA NÃO SE DISCUTE. NÓS CUIDAMOS DA NOSSA FRONTEIRA, COMO O BRASIL CUIDA DA SUA E COMO A COLÔMBIA DEVERIA CUIDAR DE SUA FRONTEIRA", OBSERVOU CHÁVEZ, RESSALTANDO EM SEGUIDA QUE "O PROBLEMA NÃO É A FRONTEIRA, SÃO AS BASES MILITARES" DA COLÔMBIA. Hugo Chávez, Presidente da Venezuela, em declarações efetuadas hoje perante milhares de pessoas.
PROPOSTA FOI FEITA PELO BRASIL COM O OBJETIVO DE EVITAR O ACIRRAMENTO DAS TENSÕES ENTRE CARACAS E BOGOTÁ
CARACAS, 13 NOV (ANSA) - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, rejeitou hoje um plano de monitoramento internacional da fronteira de seu país com a Colômbia. A proposta foi feita pelo Brasil com o objetivo de evitar o recrudescimento das tensões entre Caracas e Bogotá.
"Nós não vamos aceitar uma força extranacional cuidando da nossa fronteira. Que a Colômbia cuide da sua, pois nós cuidamos da nossa", reiterou o mandatário durante um discurso feito por ocasião da inauguração da 5ª Feira Internacional do Livro (Filven).
O mandatário venezuelano disse que Marco Aurélio Garcia, assessor do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lhe havia proposto a implementação de um sistema de monitoramento entre e Colômbia e a Venezuela, o que foi rejeitado por se tratar de um "tema de soberania".
"A soberania não se discute. Nós cuidamos da nossa fronteira, como o Brasil cuida da sua e como a Colômbia deveria cuidar de sua fronteira", observou Chávez, ressaltando em seguida que "o problema não é a fronteira, são as bases militares" da Colômbia.
Sete instalações militares do governo de Bogotá poderão ser usadas durante dez anos por oficiais dos Estados Unidos, devido a um acordo assinado entre o país sul-americano e Washington. O convênio criou divergências entre países da região, inclusive a Venezuela.
Além da proposta do Brasil, a Colômbia havia pedido para o governo da Espanha operar na fronteira bilateral também com "mecanismos de monitoramento" .
A tensão entre Bogotá e Caracas, que mantêm "congeladas" suas relações bilaterais, se intensificou ainda mais no último domingo, quando Chávez alertou para a possibilidade de uma guerra com o país vizinho.
"Senhores oficiais, a melhor forma de evitar a guerra é preparando-se para ela. Não percam tempo em cumprir com o dever de preparar-nos para a guerra e ajudar o povo a preparar-se para a guerra, porque é uma responsabilidade de todos", afirmou Chávez na ocasião.
Dois dias depois, contudo, o mandatário negou ter convocado uma ação armada contra a Colômbia e disse que seu discurso foi manipulado pela imprensa.
O limite territorial entre os dois países se tornou palco de tensões nos últimos dias, após o assassinato de dois guardas venezuelanos próximo a um posto de fronteira. A ação foi atribuída por Chávez a grupos paramilitares colombianos.
A Colômbia, por sua vez, pede que a Justiça da Venezuela investigue um massacre ocorrido no estado de Táchira, também próximo à fronteira, que culminou na morte de ao menos nove colombianos. (ANSA)
13/11/2009 16:59
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