FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL
Convocatória e convite a Conferência Internacional da Juventude Sindicalista
Lima – Perú, 18 a 20 de novembro de 2009.
O comitê organizador, a Confederação Geral dos Trabalhadores do Perú (CGTP) e a Federação Sindical Mundial (FSM) convocam a todas as organizações filiadas ou amigas a participar da 1ª Conferência Internacional da Juventude Sindicalista.
Companheiros e companheiras:
PANORAMA ATUAL DO MUNDO DO TRABALHO
A ditadura do sistema capitalista intensificou-se ainda mais desde a década de 70 e mediante os "gurus" do neoliberalismo e seus instrumentos como o Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial (BM), Organização Mundial do Comércio (OMC) e demais organismos multilaterais, convenceram, nos anos 80, sem muito esforço, os governos, partidos políticos neoliberais e social-democratas dos países desenvolvidos e sub-desenvolvidos, da não ingerência do Estado nas políticas econômicas, que o melhor é a privatização dos setores estretégicos das nações e a necessidade de implementar ajustes de desregulação e reformas do Estado. Sob estes princípios efetuaram-se privatizações fraudulentas que implicaram na apropriação dos recursos e riquezas naturais, como das empresas estratégicas nacionais para serem entregues as corporações transnacionais, com a cumplicidade dos governos neoliberais (conservadores e social-democratas) corruptos, para desenvolverem políticas de repressão contra o movimento sindical e a anulação dos direitos dos trabalhadores.
Neste contexto, ao final de 2008, explode no coração do monstro imperialista, a crise financeira que já vinha se arrastando desde 2007. Esta crise que é também econômica, política e social, se agrava com a crise energética, ecológica e moral, com as guerras imperialistas e a corrupção em todas as esferas. As conseqüências da crise são, ainda, imprevisiveis, mas em se tratando de uma crise global, as sequelas serão muito duras para os trabalhadores e os povos excluidos pelo neoliberalismo. Esta crise do capitalismo deixa a descoberto o fracasso do modelo econômico neoliberal e o aumento da pobreza e da fome, apresentando-se um panorama sombrio para o futuro do mundo.
No âmbito do trabalho, as consequencias da crise global se manifesta nas demissões em massa que vem se produzindo, a perda brutal do poder aquisitivo dos salários, assim como o colapso das pensões de aposentadoria que passaram a ser administradas pelos setores privados.
Como um paradoxo, os neoliberais e seus banqueiros, que geraram esta crise gritam pela urgente intervenção do Estado na salvação de suas empresas e os governos das maiores potências capitalistas do mundo, com o dinheiro dos seus contribuintes os apóiam, tratando de salvar o sistema. Nos Estados Unidos, praticamente o governo nacionalizou 9 bancos ao adquirir a maioria das suas ações, os denominados "pacotes de resgate" são para salvar os bancos da bancarrota, o mesmo vem realizando outros governos, sem dúvida, estes mesmos governos não estabelecem nenhuma medida para resgatar ou ajudar aos milhões de trabalhadores que perderam seu emprego e os que ainda vão perder.
As empresas transnacionais que se beneficiaram com as políticas neoliberalis, amparadas pelo estado burguês, a pesar de haver obtido fabulosos lucros com a cumplicidade de governos corruptos, estão obrigando os trabalhadores a renunciar os seus direitos trabalhistas e sociais através da chantagem das demissões em massa. Milhões de trabalhadores, com capacidade de produzir, depois de haverem feito milionárias as grandes empresas são expulsos delas para engrossar o exército de desempregados, servindo o seu empobrecimento para que o capital super-explore ainda mais os outros trabalhadores com salários indignos, submetendo-os a uma competitividade para mendigar um emprego em condições de trabalho humilhantes.
Esta crise mundial do capitalismo coloca em evidência mais uma vez que a Luta de Classes segue vigente, porque a sociedade segue dividida em classes, nas últimas décadas, se tratou de negar esta realidade, isso conduziu a desmobilização de muitos setores do movimento sindical, mas a cada dia cresce o número de trabalhadores que se convencem que o capitalismo só traz crise, fome, miséria e exploração, por isso se orientam na luta contra este sistema.
SITUAÇÃO DA JUVENTUDE TRABALHADORA
Esta crise mundial do capitalismo coloca em evidência mais uma vez que a Luta de Classes segue vigente, porque a sociedade segue dividida em classes, nas últimas décadas, se tratou de negar esta realidade, isso conduziu a desmobilização de muitos setores do movimento sindical, mas a cada dia cresce o número de trabalhadores que se convencem que o capitalismo só traz crise, fome, miséria e exploração, por isso se orientam na luta contra este sistema.
SITUAÇÃO DA JUVENTUDE TRABALHADORA
O desemprego juvenil é um dos grandes problemas no mundo, tanto dos homens quanto das mulheres. Segundo dados da Organização Mundial do Trabalho (OIT), o número de desempregados no planeta aumentou durante a década 1995-2005 de 74 milhões para 85 milhões de desempregados, ou seja, um aumento de 14.8%. Desde 2005 até os dias de hoje, segundo dados extra-oficiais, já haveria passado de 100 milhões o número de jovens desempregados. O mais grave é disso tudo é que os milhões de jovens que engrossaram a População Economicamente Ativa (PEA) não se vislumbra perspectivas de geração de empregos, levando em conta que na atualidade se vem produzindo demissões em massa de trabalhadores em todos os países.
Com relação ao número de jovens desempregados na América Latina e no Caribe, o número aumentou de 7.7 milhões para 9. milhões, durante o mesmo período (1995-2005) o que significou um incremento na taxa de desmprego de 14.4 a 16.6%. Na atualidade estas cifras aumentam de forma acelerada. É desta forma que 16.7 milhões de jovens, ou seja 35% dos que ainda tem um emprego, na América Latina e no Caribe, não conseguem superar a barreira da pobreza devido os baixos salários, 6.3 milhões deles encontram-se em condições de extrema pobreza, segundo a OIT em seu informe de 2006, 25% da população juvenil do mundo, mais de 300 milhões de jovens, vivem abaixo da linha da pobreza.
CONTRATOS PRECÁRIOS – A TERCEIRIZAÇÃO-
Com relação ao número de jovens desempregados na América Latina e no Caribe, o número aumentou de 7.7 milhões para 9. milhões, durante o mesmo período (1995-2005) o que significou um incremento na taxa de desmprego de 14.4 a 16.6%. Na atualidade estas cifras aumentam de forma acelerada. É desta forma que 16.7 milhões de jovens, ou seja 35% dos que ainda tem um emprego, na América Latina e no Caribe, não conseguem superar a barreira da pobreza devido os baixos salários, 6.3 milhões deles encontram-se em condições de extrema pobreza, segundo a OIT em seu informe de 2006, 25% da população juvenil do mundo, mais de 300 milhões de jovens, vivem abaixo da linha da pobreza.
CONTRATOS PRECÁRIOS – A TERCEIRIZAÇÃO-
A tercerização é outro dos grandes problemas da juventude trabalhadora. Na atualidade são os contratos precarizados mediante o modelo de sucontratos que alugam trabalhadores as médias e grandes empresas com salários humilhantes, sem direitos sociais nem trabalhistas, sem possibilidade de filiação nem organização sindical e submetidos ao martírio psicológico da espera de um novo contrato. A terceirização está sendo institucionalizada pelas leis impostas pelos governos neoliberais, com esta política se quer impedir que os jovens participem dos sindicatos. Se isto continuar, o futuro do movimento sindical, principalmente nos países sub-desenvolvidos estará em perigo. Depende da atitude que assumirmos hoje para reverter esta situação.
PELOS DIREITOS DOS JOVENS IMIGRANTES
PELOS DIREITOS DOS JOVENS IMIGRANTES
Esta situação vem obrigando a grandes contingentes de jovens, homens e mulheres da América Latina, Ásia e África inclusive dos países que integravam o bloco socialista, a emigrar para países desenvolvidos como os Estados Unidos, Japão e a União Européia em busca de emprego. Estes jovens que somente buscam uma oportunidade de vida e desenvolvimento pessoal, se deparam com políticas xenófobas e de marginalização, que não respeitam nem reconhecem os seus direitos trabalhistas, recebem salários de fome e são considerados na maioria dos casos como "ilegais" ou "indocumentados". Recentemente os governos da União Européia vem intensificando a perseguição aos imigrantes ao extremo de aprovar leis de expulsão e prisão, sob o pretexto de que retiram os empregos dos europeus.
Mas isso não ocorre somente na União Européia, nos últimos anos, milhares de jovens mexicanos e latino-americanos em geral morreram assassinados pelos policias de fronteira estadunidenses na fronteira entre o México e os EUA e os que conseguem ingressar no território norte-americano são perseguidos como se fossem delinqüentes, sendo presos e expulsos do país.
Igual situação ocorre com outros milhares de jovens, entre eles muitos menores de idade procedentes de países da África e da Ásia. Eles vem sendo mortos e eseguem morrendo quase todos os dias afogados no oceano em seu objetivo de alcançar o litoral da Espanha ou da Itália, os que conseguem chegar são capturados pela polícia e devolvidos aos seus países de origem. A razão é uma só: ao sistema capitalista só há a preocupação do livre trânsito de suas mercadorias e capitais especulativos dentro do "livre mercado" mas é proibido o livre trânsito de seres humanos.
A FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL E A JUVENTUDE
Mas isso não ocorre somente na União Européia, nos últimos anos, milhares de jovens mexicanos e latino-americanos em geral morreram assassinados pelos policias de fronteira estadunidenses na fronteira entre o México e os EUA e os que conseguem ingressar no território norte-americano são perseguidos como se fossem delinqüentes, sendo presos e expulsos do país.
Igual situação ocorre com outros milhares de jovens, entre eles muitos menores de idade procedentes de países da África e da Ásia. Eles vem sendo mortos e eseguem morrendo quase todos os dias afogados no oceano em seu objetivo de alcançar o litoral da Espanha ou da Itália, os que conseguem chegar são capturados pela polícia e devolvidos aos seus países de origem. A razão é uma só: ao sistema capitalista só há a preocupação do livre trânsito de suas mercadorias e capitais especulativos dentro do "livre mercado" mas é proibido o livre trânsito de seres humanos.
A FEDERAÇÃO SINDICAL MUNDIAL E A JUVENTUDE
A Segunda Guerra Mundial ficou marcada na consciência da humanidade como uma das tragédias mais dolorosas. Mais de 50 milhões de pessoas perderam a vida, na sua maioria jovens que derramaram seu precioso sangue nos campos de batalha, até que se derrotasse o nazi-fascismo.
Ao fim da guerra, em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas na Conferência de San Francisco onde se adotou a Carta das Nações Unidas que foi recebida com beneplácito pelos povos do mundo. O objetivo principal desta carta foi garantir a paz no mundo, ainda que este este documento seja utilizado pelo imperialismo em seu benefício.
Em um passo importante o movimento sindical, convocou a todos os sindicatos do mundo a um congresso internacional, que se realizou na capital francesa em outubro de 1945. Ao Congresso de Paris chegaram sindicalista provenientes de todos os continentes para a criação da Federação Sindical Mundial (FSM), como a única central sindical internacional do planeta. Esta foi a maior conquista dos trabalhadores ao término da Segunda Guerra Mundial que de alguma maneira refletia o sentido do seu lema: "Proletários de todo o mundo, uni-vos!". A FSM, é por tanto, filha da unidade sindical e portadora conseqüente das bandeiras de luta contra as guerras. Devido ao fato dos trabalhadores jovens terem sido os primeiros a oferecerem as suas vidas neste conflito bélico, a FSM priorizou seu trabalho junto a juventude trabalhadora, apoiando sua formação política, ideológica e sindical, impulsionou toda uma geração de dirigentes sindicais em todos os continentes e como conseqüência um movimento sindical combativo e antiimperialista que conseguiu grandes conquistas desde a década de 50 do século XX.
Esta preocupação da FSM pelo fortalecimento da consciência de classe na classe trabalhadora e em especial na juventude trabalhadora deixou em alerta o grande capital imperialista. Temoroso de sua unidade e sua força, colocou como objetivo impedir a unidade da classe trabalhadora, recorrendo a manobras sujas ao iniciar a Guerra Fria dispondo de recursos fabulosos para comprar consciências e desta forma dividir a FSM, em 1949. Este fato constituiu um duro golpe no movimento sindical.
A FSM, nas últimas décadas, com a queda do campo socialista e ao impor-se a ditadura do neoliberalismo, suportou continuas campanhas de satanização financiadas pelas forças pro-imperialistas, assim a FSM foi golpeada novamente, não obstante, respondeu reafirmando os princípios de unidade e solidariedade de classe e ratificando sua luta contra o grande capital; hoje a FSM se recupera e intensifica novos rumos a partir do XV Congresso realizado em Havana/Cuba em 2005.
Ao fim da guerra, em 1945, foi criada a Organização das Nações Unidas na Conferência de San Francisco onde se adotou a Carta das Nações Unidas que foi recebida com beneplácito pelos povos do mundo. O objetivo principal desta carta foi garantir a paz no mundo, ainda que este este documento seja utilizado pelo imperialismo em seu benefício.
Em um passo importante o movimento sindical, convocou a todos os sindicatos do mundo a um congresso internacional, que se realizou na capital francesa em outubro de 1945. Ao Congresso de Paris chegaram sindicalista provenientes de todos os continentes para a criação da Federação Sindical Mundial (FSM), como a única central sindical internacional do planeta. Esta foi a maior conquista dos trabalhadores ao término da Segunda Guerra Mundial que de alguma maneira refletia o sentido do seu lema: "Proletários de todo o mundo, uni-vos!". A FSM, é por tanto, filha da unidade sindical e portadora conseqüente das bandeiras de luta contra as guerras. Devido ao fato dos trabalhadores jovens terem sido os primeiros a oferecerem as suas vidas neste conflito bélico, a FSM priorizou seu trabalho junto a juventude trabalhadora, apoiando sua formação política, ideológica e sindical, impulsionou toda uma geração de dirigentes sindicais em todos os continentes e como conseqüência um movimento sindical combativo e antiimperialista que conseguiu grandes conquistas desde a década de 50 do século XX.
Esta preocupação da FSM pelo fortalecimento da consciência de classe na classe trabalhadora e em especial na juventude trabalhadora deixou em alerta o grande capital imperialista. Temoroso de sua unidade e sua força, colocou como objetivo impedir a unidade da classe trabalhadora, recorrendo a manobras sujas ao iniciar a Guerra Fria dispondo de recursos fabulosos para comprar consciências e desta forma dividir a FSM, em 1949. Este fato constituiu um duro golpe no movimento sindical.
A FSM, nas últimas décadas, com a queda do campo socialista e ao impor-se a ditadura do neoliberalismo, suportou continuas campanhas de satanização financiadas pelas forças pro-imperialistas, assim a FSM foi golpeada novamente, não obstante, respondeu reafirmando os princípios de unidade e solidariedade de classe e ratificando sua luta contra o grande capital; hoje a FSM se recupera e intensifica novos rumos a partir do XV Congresso realizado em Havana/Cuba em 2005.
São nestas condições que se realiza esta Conferência Internacional da Juventude Sindicalista. O futuro do movimento sindical do mundo estará nas mãos da juventude trabalhadora de hoje.
O FUTURO DO SINDICALISMO CLASSISTA SÃO OS JOVENS DE HOJE!
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