sábado, 12 de dezembro de 2009

Criado em Caracas o Movimento Continental Bolivariano com o apoio das FARC-EP



Estudantes, trabalhadores, movimentos indígenas, camponeses e grupos de esquerda de 30 países reuniram-se em Caracas nesta semana para fundar o Movimento Continental Bolivariano, buscando a "união dos povos da América" contra a "ofensiva imperialista ", segundo os organizadores.


Sob o lema "a unidade vai abrir os caminhos da esperança", frase do Libertador Simón Bolívar, o Congresso, reunido desde a última segunda-feira mostrou a sua determinação de "defender a revolução venezuelana das ameaças imperialistas" e "reforçar a luta contra as bases militares ianques estabelecidas na Colômbia".

Os participantes referiam-se ao recente acordo entre Bogotá e Washington para permitir que tropas dos E.U.A. passem a operar e controlar sete bases militares do país sul-americano.

Durante a reunião em Caracas,  que foi concluido na quarta-feira foi lida uma carta de Alfonso Cano, líder das FARC, em que considerou que "a formação deste movimento continental é um dever urgente" e reiterou que o tratado assinado entre a Colômbia e os Estados Unidos procura "desestabilizar " os processos democráticos na América Latina.

"Estabelecer um movimento político continental,  de essência bolivariana, quando o império norte-americano desenvolve a sua força militar na Colômbia, e dispõe de forma ameaçadora suas máquinas de guerra e de terror contra os povos latino-americanos e caribenhos, não é apenas uma necessidade histórica, mas um dever urgente ", escreveu o líder guerrilheiro.

Ele acrescentou que tal movimento seria um sinal de "um horizonte da unidade de luta do nosso povo em defesa da sua dignidade, independência, história, valores, cultura, território, recursos humanos, a riqueza natural e o inalienável direito soberano de moldar o seu futuro."

O Movimento Continental Bolivariano será uma estrutura mais ampla que irá absorver a Coordenadora Continental Bolivariana (CCB), que nasceu há mais de cinco anos e que se apresenta com uma plataforma latino-americana anti-imperialista.

Entretanto, o comandante das Forças Militares da Colômbia, general Freddy Padilla de León, pediu ao Movimento Continental Bolivariano, reunidos em uma conferência em Caracas, que rejeite publicamente a mensagem de saudação e adesão das FARC.

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