Declaração Final: 1a Conferência Internacional da Juventude Sindicalista
Lima, 23 de novembro de 2009, Tribuna Popular TP - Respondendo ao apelo da Federação Sindical Mundial (FSM) e da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), foi realizada em Lima a 1 ª Conferência Internacional da Juventude Sindicalista, que adquire um significado especial por serem os jovens trabalhadores em todo o mundo que expressam os grandes problemas que o capitalismo arrasta à humanidade.
Abaixo, publicamos a declaração final do evento realizado nos dias 18, 19 e 20 de Novembro passado. Federação Sindical Mundial (FSM) Confederação Geral dos Trabalhadores do Peru (CGTP) 1 CONFERÊNCIA INTERNACIONAL DA JUVENTUDE SINDICALISTA Lima - Peru, 18 A 20 de novembro de 2009 DECLARAÇÃO FINAL Respondendo à convocatória da Federação Sindical Mundial e da Confederação Geral de Trabalhadores do Peru (CGTP), foi realizada em Lima a 1° Conferência Internacional Sindical de Jovens Trabalhadores, de 18 a 20 de Novembro de 2009, ano do 50º aniversário da Revolução Cubana, com a presença de 48 organizações sindicais de 25 países representados por mais de 250 sindicalistas da América, África, Europa, Oriente Médio e Ásia, em que concordamos manifestar: No início do século XXI o mundo continua a ser vítima de uma injusta ordem política e econômica, excludente e exploradora que conduz o planeta para a sua própria autodestruição, ameaçado agora pela mudança climática que acontece em meio à maior crise da história do capitalismo. Os jovens trabalhadores são as primeiras vítimas da desregulamentação do trabalho trazidas pela globalização imperialista com resultados surpreendentes: milhões de jovens desempregados, subempregados ou trabalhando em condições de semi-escravidão, sem saúde ou segurança social, o aumento do trabalho infantil, imigrantes desamparados e perseguidos, em suma, toda uma geração de jovens trabalhadores na ruína material e espiritual, sem nenhum futuro promissor. As leis e os valores ideológicos e culturais de um estilo de vida que exacerba o individualismo e a violência são impostos às nossas sociedades. Não se trata apenas da injustiça que significa que uma minoria tem concentrado uma parte enorme da riqueza, enquanto as massas empobrecidas dificilmente podem sobreviver. É que o sistema hegemônico funciona como uma máquina de extermínio social onde pouco importa o destino dos excluídos, muito menos seus valores e culturas, suas identidades e comunidades, que estão sujeitos aos imperativos de mercado. Diante dos transcendentais avanços tecnológicos de nosso mundo hoje, os jovens atuam sobre um processo produtivo que alterou a composição da classe trabalhadora. Os capitalistas demandam um novo "profissional" que tenha iniciativa, consciência crítica e capacidade de melhorar o processo de produção, trabalhando em equipes e que tenha compromisso com os resultados coletivos, o conhecimento de línguas, filosofia, e constantes cursos de formação, e etc. Mas somente para melhor servir o mercado de trabalho e não para contribuir com a mudança econômica, social e política que os nossos países necessitam. Como os jovens podem aceitar essas exigências que demandam um desgaste alienante, quando o sistema - que só age no interesse do capital - que exige cada vez mais de nós, destrói nossos sonhos de juventude, discrimina e nos separa por nossa condição de imigrantes, pela maneira de vestir, falar e até mesmo por nossa orientação sexual? É justo que acatemos tais exigências quando somos submetidos a humilhantes e injustas discriminações entre ricos e pobres, entre grupos étnicos diferentes, entre homens e mulheres, entre as zonas rurais e urbanas e mesmo entre as regiões relativamente prósperas e atrasadas de uma mesma nação? Manifestamos a nossa convicção de que a evolução da ciência e do conhecimento tecnológico devem estar a nosso serviço assim como exige e defende a Federação Sindical Mundial (FSM). A histórica federação, que nunca se aliou a empresas transnacionais e a governos que aplicam políticas predadoras, que apóia a recusa contínua de render-se à capitulação da história, apesar das dificuldades, e tem se mantido firme na luta e nos apoios às lutas com autêntica solidariedade obreira. A FSM foi reforçada após o 15 º Congresso Sindical Mundial realizado em 2005 em Havana, como demonstra este exitoso encontro. Cientes da preparação do 16° Congresso, esperamos que este seja um espaço vital oferecido para discutir as conclusões do primeiro encontro e impulsionar o movimento sindical juvenil. Nós acreditamos que este deveria analisar e propor políticas específicas para os jovens trabalhadores, contribuir para a atualização das nossas lutas e de integração no movimento sindical, assim como sensibilizar a juventude sobre as justas posições da FSM. O impulso dado a esta Conferência pela FSM tornará possível em seu 16° Congresso intensificar nossos esforços para que cada vez mais jovens trabalhadores entendam o desenvolvimento social em termos de classe, para relacionarmos os nossos problemas individuais com a luta coletiva e unitária. Globalizemos a luta, Globalizemos a esperança! A América Latina, onde esta primeira conferência tem lugar, vive uma mudança de época com avanços democráticos e vitórias das forças progressistas que devem ser defendidas e aprofundadas. A resposta dos retrógrados entrincheirados no governo imperial norte-americano, com o apoio de seus aliados, é evitar a autodeterminação dos povos, até mesmo pela força, demonstrando que não houve nenhuma mudança. Seu regime fracassado não tem mais nada a oferecer. Eles só podem lançar mão da dominação, da coerção, da opressão, das ameaças, da agressão, impondo a guerra. Em Honduras se está lutando heroicamente contra este modelo do império. A resistência deste povo é uma inspiração de que sim, é possível defender os nossos direitos e soberania ante as hipócritas e traidoras manobras do governo estadunidense e dos oligarcas para burlar a vontade popular e os apelos da comunidade internacional. Novamente dizemos como Che, "... no imperialismo não se pode confiar nem um pouquinho assim...". Nós exigimos o retorno imediato e incondicional do governo legítimo de Manuel Zelaya! Foram desmascaradas as tentativas de dar ao imperialismo estadunidense um rosto humano. Os fatos reafirmam a mesma agressividade e o caráter belicista e antipopular que caracterizam o governo estadunidense e seus aliados, incluindo a promoção de privatizações, como no caso da eletricidade e da energia na Cidade do México. As bases militares dos EUA na Colômbia e a Quarta Frota, perto da Venezuela, são, como disse Fidel, um punhal cravado no coração da "Nossa América". Para isso os trabalhadores e nossos povos ampliam a resistência. No Peru, importantes batalhas também são travadas em defesa dos direitos dos trabalhadores e contra a política geradora de misérias, entreguista e autoritária do governo de Alan García. A CGTP, prestigiosa e histórica central fundada por José Carlos Mariátegui, que nos acolhereu de forma tão hospitaleira, declarou com firmeza e maturidade exemplar, com organização e convicção, a batalha para reverter as políticas e leis antipopulares que estão sendo implementadas por governos neoliberais nos últimos anos. A 1 ª Conferência manifesta a sua solidariedade com os trabalhadores na agroindústria, transporte, têxteis e de vestuário, mineiros, professores, construção civil, etc., que lutam por seus justos direitos e reivindicações. A guerra promovida pelas ganas imperiais, também tem o seu terrível impacto sobre o Iraque e o Afeganistão, pressionando o Paquistão, o Irã e o Sudão, mantendo ainda as provocações na península coreana, protegendo Israel em seus crimes contra o sofrido povo palestino, enquanto criminalizam a luta legítima por um Estado independente e soberano. O imperialismo da União Européia e as decisões da Estratégia de Lisboa, Bolkestein, etc., fortalecem os monopólios e multinacionais contra os direitos dos trabalhadores e contribuem com a OTAN nas guerras contra os povos. Tentam criar antagonismos entre os trabalhadores promovendo à discriminação contra os imigrantes, a xenofobia e o racismo. Persiste ainda a ocupação e a divisão do Chipre pelo imperialismo. Também seria motivo para rir se não fosse o drama da situação, que existam ainda aqueles que celebram o vigésimo aniversário da queda do Muro de Berlim, como se isso tivesse aberto uma época feliz para a humanidade, no entanto, silenciam diante dos muros de hoje na Palestina, no México, os muros da exploração do homem pelo homem. Na Ásia, o povo nepalês luta pelo sucesso do processo de paz e pelo estabelecimento de uma Constituição que garanta o poder popular e melhores condições de vida para o povo. A juventude é o futuro do sindicalismo de luta com princípios de classes Os participantes da 1ª Conferência Internacional da Juventude Trabalhadora entende que os atuais poderes políticos e econômicos negam os valores mais elevados concebidos ao longo da história e submetem a juventude que trabalha a uma alienação brutal. Eles querem uma humanidade indiferente, uniforme, sem aspirar a um futuro melhor. Declaramos que nós, jovens trabalhadores, resistiremos a tais pretensões e oporemos nossas convicções e princípios que historicamente incentivam as lutas dos trabalhadores. Alçaremos mais alto do que nunca as nossas idéias, que continuam a alimentar a busca de uma sociedade superior, de justiça para o povo. Lutamos por: 1) A Paz. A humanidade é uma. À hipocrisia da globalização da barbárie e rapinagem capitalista devemos opor com a globalização da solidariedade. Não à guerra e ao imperialismo! 2) A defesa do nosso planeta, enfrentando a poluição das corporações transnacionais, que em sua busca de lucro nos conduz a nossa autodestruição. 3) O direito ao emprego e à jornada de trabalho reduzida com igualdade de remuneração e a eliminação do trabalho precarizado e dos contratos temporários. Ninguém é ilegal. 4) O direito dos jovens à educação e ao trabalho com garantias e à saúde. 5) A autonomia sindical, que não é a neutralidade, mas a afirmação dos interesses de classe. Pela liberdade de organização sindical com características juvenis para aumentar a filiação sindical e a renovação das gerações no nosso movimento. A Juventude trabalhadora diz que, como nós ensina Mariátegui ".... o proletariado não entra na história política senão como classe social no momento em que descobre a sua missão de construir uma ordem social mais elevada ....". Nós, os jovens, acreditamos no futuro!
OUTRO MUNDO É POSSÍVEL e é o socialismo!
Conquistá-lo, construí-lo, preservá-lo, está é a batalha histórica que nós, jovens trabalhadores, temos a nossa frente!
Lima, Peru, 20 de Novembro de 2009
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Primeira conferência Internacional da Juventude Sindicalista
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Johnes Hebert-Barra Mansa RJ
ResponderExcluirTexto interessante.Aproveitando o tema juventude vou postar um tecxto que ronda desde ontem na internet sobre enem 2009.Dizem que cerca de 70 mil e-mails já goram repassados..
ESTUDANTE do interior do estado do Rio de Janeiro se inscreveu
no Exame Nacional do Ensino médio, como se preparava a multo tempo em uma carga horária intensa de estudos e com o vazamento da prova adiando-a para DEZEMBRO e o mesmo não dispõe de tempo habil para ainda continuar estudando foi na justiça federal buscar seus direitos,procurou a Defensoria Pública da União no municipio de Volta Redonda e entrou com um processo por danos morais contra o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais)responsavel pela a fiscalização do consorcio contratado que deixou vazar a prova.A causa se vir a ganhar pode chegar quase 10 MIL reais.
Repasse o texto para todos os amigos
Acopanhe: Site da justiça federal RJ: www.jfrj.jus.br
Localidade:Volta Redonda
Nº do Processo: 2009.51.54.003165-4
Em caso de dúvidas deste e-mail procure informações no google!