terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

UJC no FSM 2010 Porto Alegre!

Ousar Lutar !!! Ousar Vencer !!!
UJC no Fórum Social Mundial - Porto Alegre - 2010
De 25 a 29 de janeiro ocorreu na região metropolitana de Porto Alegre a 10ª edição do Fórum Social Mundial. Evento que se iniciou em 2001 em uma perspectiva anti-neoliberal contrapondo-se ao Fórum Econômico de Davos, o FSM 2010 se destaca pela vontade de tornar cada vez mais genérico qual seria o “Outro Mundo Possível” a ser construído. O evento divulgado na página do Banco Mundial e financiado no Brasil pela Fundação Ford , é organizado por ONGs que passam desde a ATTAC (Associação pela Taxação das Transações Financeiras e de Ajuda aos Cidadãos) que tem apoiadores como Fernando Henrique Cardoso e o mega especulador George Soros até a Associação Brasileira de ONGs. O FSM 2010 deixou de lado sua artilharia contra o neo-liberalismo para tentar exaltar um ambientalismo e um suposto desenvolvimento sustentável no atual modo de produção. Porém em meio a muita diversidade não é possível encontrar unidade que preveja ações concretas contra o verdadeiro inimigo que acaba com os recursos naturais do planeta: o capitalismo. Mesmo dentro do clima de dispersão montado pela organização do FSM, (que colocou como cidades sede somente as prefeituras dirigidas pelo PT) destacou-se a ação dos comunistas na grande Porto Alegre. A UJC ao lado dos militantes do PCB -Partido Comunista Brasileiro engrossaram a marcha de abertura do Fórum ao lado dos petroleiros reforçando a campanha “O Petróleo tem que ser nosso”. No segundo dia de atividades enfatizou-se a ação da juventude no debate com familiares de presos políticos da Colômbia realizado no Comitê de Solidariedade à Colômbia na cidade de São Leopoldo. Foi também a UJC a organização responsável pela ampla divulgação do Manifesto das FARC-EP ( Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – Exército do Povo ). Nos dois últimos dias a União da Juventude Comunista chamou a atenção de todos no Acampamento da Juventude ao realizar as duas atividades mais politizadas de um espaço que mais parecia um Woodstock contemporâneo. Contra todas as adversidades de um ambiente que tinha mais locais para shows do que para debates, a UJC demonstrou a falácia da suposta apatia juvenil e mesmo sem constar na programação oficial do FSM 2010, construiu-se o lugar da reflexão e ação. No dia 28 de janeiro às 14 horas na tenda Mundo B a UJC realizou em parceria com o DCE-UFG, projetos de extensão popular das áreas de Direito, Educação, Comunicação, Saúde e camaradas da Juventude Libre da Refundação Comunista, a atividade: “Universidade Popular : Um debate estratégico ”. Com participação massiva de estudantes, organizações estudantis de base, professores e trabalhadores de diversas áreas acumulou-se sobre a necessidade de romper os muros das universidades, reconhecendo os saberes populares e apropriando-se deste espaço elitista para os movimentos sociais. Foi apontada a extensão popular como ação prioritária para um movimento estudantil de base que coloque como horizonte a derrocada do sistema capitalista, para além de uma disputa meramente por cargos e aparelhos que hoje estão burocratizados nas entidades estudantis nacionais e estaduais. O debate também contou com a presença de militantes do PSOL e do jurista e ativista político Plínio de Arruda Sampaio que fez uma intervenção ressaltando o papel da militância na disputa de uma Universidade que atenda às demandas populares. Ao contrário da idéia geral que norteia o FSM, de separar a reflexão da ação, o debate de Universidade Popular teve resoluções e encaminhamentos para a luta, foi aprovado : 1 – A criação de uma rádio web para divulgação e troca de experiências acerca de Extensão e Universidade Popular , 2 – Elaboração e Divulgação do manifesto “ Universidade Popular - Carta de Porto Alegre” . Encerrando o Fórum e apontando o caráter internacionalista que guia a UJC desde sua fundação em 1927, foi realizado no último dia o debate “Reforma ou Revolução? O papel das juventudes comunistas na luta pelo socialismo na América Latina”. A discussão contou com a presença de Najeeb Amado Secretário Geral do Partido Comunista Paraguaio, do camarada Rodrigo Lima Secretário de Relações Internacionais da UJC e do militante Ronaldo da Consulta Popular. O camarada Rodrigo Lima destacou o panorama histórico da ação internacionalista das organizações comunistas e reafirmou o caminho da solidariedade internacional como sendo o da revolução socialista. O camarada paraguaio enfatizou a independência do PCP frente à coalisão do Governo Fernando Lugo e também os ataques que tem sofrido as organizações sociais paraguaias por parte dos latifundiários brasileiros com apoio do Governo Lula. Por parte da Consulta Popular foram levantadas questões essenciais sobre a tática e a necessidade de organização das camadas mais excluídas da população brasileira para que se dê cabo a um processo revolucionário que acompanhe as mobilizações em curso na América Latina. O que fica deste Fórum é a determinação dos comunistas, dos lutadores e militantes que acreditam no caráter socialista da revolução brasileira, que conseguem realizar de maneira subversiva atividades paralelas , apontando para o único mundo possível , aquele onde cada um viva do seu trabalho : o Socialismo.

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